domingo, 13 de março de 2011

Viagem de Moto à Serra da Rocinha

10/03/2011

Outra vez na estrada.

Motos:
  1. XRE-300 - Sérgio
  2. Falcon - Purper

Roteiro:

Eu saí de Esteio às 08:00 com destino à praia de Atlantida Sul, onde o Purper já se encontrava.

O trânsito na free way (BR-290) estava ótimo, mas antes, na RS-118, estava um caos...tem placa dizendo que a duplicação começou em 2006 e se realmente tivesse continuado, ela já estaria quadruplicada...mas que nada...uma máquina trabalhando aqui, outra ali. É o dinheiro público mal aplicado.

Cheguei em Atlantida Sul por volta das 10:00 e o Purper estava de prosa, em frente a sua casa, com o Bortoloto, ex colega aposentado do Secra, que também tem casa lá. Cara bastante simpático e alegre. Ele gostou muito da minha moto. Moto é isso, desperta os espírito aventureiro de cada um.

Mais umas conversas e saímos rumo à Sombrio-SC. Por sugestão do Purper, optamos por pegar a BR-101 em Capão da Canoa, de modo a conhecer o novo túnel da duplicação, que o Lula inaugurou fazendo uma caminhado pelo mesmo, um pouco antes do término de seu mandato.

O túnel é um exemplo de obra pública bem feita. Bem ventilado, sinalizado e iluminado e com bastante recursos de segurança.

Paramos para almoçar em Sombrio, no Japonês.

Logo após o almoço, pegamos a BR-101 e logo depois saímos no trevo com a BR-285, rumo a Timbé do Sul, última cidade de SC antes de subir a Serra da Rocinha, onde faz divisa com o RS.

Passamos por Ermo e Turvo antes de chegar em Timbé. Todas cidadezinhas muito bem cuidadas.

Antes de Timbé do Sul tivemos que vestir as capas de chuva, pois víamos chuva na direção em que estávamos seguindo.

Logo depois de Timbé terminou o asfalto e a aventura propriamente dita iniciou. No começo um chão batido razoável e molhado, até iniciar a subida da serra.

A serra é um paredão onde o homem escalou construindo uma passagem. Subida íngrime e cheia de curvas (as fotos dão apenas uma pequena noção), bastante pedra solta que as motos escalavam com desenvoltura, apesar da perícia dos pilotos...hehehe. Não era a primeira vez que andávamos em estradas assim. Em outra postagem: Viagem de Moto aos Campos de Cima da Serra, em agosto de 2010, já tínhamos tido uma experiência em estrada de péssimo estado, que foi na estrada entre Cambará do Sul e São José dos Ausentes.

Paramos para fotografias, onde a constante eram cascatas de águas limpas descendo a serra.

Nas paradas, caminhões pequenos e ônibus passavam por nós e que depois teríamos que ultrapassar, movimente que tinha que ser muito bem calculado, pois a estrada é bastante estreita, e, ao lado, tinha um paredão.

Quando chegamos no topo, fomos tomados pelo nevoeiro, isso que era apenas 15:00. Não se enxergava mais que 5 metros a frente. A velocidade foi diminuída ainda mais. Ficamos na serração por uns 30 minutos, até nos afastar da serra e já estar andando nos campos de cima.

A estrada estava bem melhor. Passamos pelo posto fiscal de ICM do RS, onde se encontra a estrada que vem de Cambará, pela qual passamos noutra viagem. Em seguida passamos pelo vale das trutas, lugar bastante bonito, cujo tentamos almoçar da outra vez e não conseguimos, pois a cozinha já estava fechada...pessoal bastante rigoroso com o horário.

Passamos por São José dos Ausentes e tínhamos como destino Bom Jesus, que não conhecíamos. Quando chegamos lá, decidimos seguir adiante, indo até Vacaria, onde a estrutura hoteleira deveria ser bem melhor. E foi o que aconteceu.

Bom Jesus:

Nos hospedamos no Hotel Pampa, no centro (http://www.pampahotel.com.br/#home), indicado pelos frentistas do posto BR na margem da BR-116. Fomos muito bem recepcionados pelo Maicon, atendente do hotel, que prontamente recomendou uma vaga na garagem coberta para as motos, bem próxima a entrada do hotel, facilitando a descarga das bagagens.

Após nos instalarmos, fomos dar aquele passeio básico pelo centro. Estava chuviscando. Quando estávamos voltando, paramos na frente de uma loja de motos e acessórios, a Adventury Motos (http://www.c20.com.br/site/veiculos/revenda.php?cod_revenda=185), quando veio lá de dentro uma pessoa muito simpática nos cumprimentar, era o Novelo, proprietário da loja. Nos fez entrar e rolou aquele papo sobre motos e acessórios. Depois, retornamos ao hotel para nos preparar p/ a janta.

O Hotel chamou um taxista de confiança, o Cascão (54 - 9126-6723) que nos levou a um restaurante, a Galeteria Bortoluz (BR 116, 8203 - 54-32322822). Foi muito boa a dica, pois comemos muito bem. Após, o Cascão veio nos buscar e nos levou de volta para o hotel.

11/03/2011

Logo pela manhã nos deparamos com um chuvisqueiro, continuação do dia anterior. Tomamos café e fomos dar mais uma passeada pela cidade, pois nosso destino neste dia era Nova Prata e era perto. Passamos novamente na loja do Novelo e lá o Purper comprou alguns acessórios que precisava. Após, o Novelo nos deu uma carona até o hotel, dando antes um passeio pela cidade, mostrando as suas belezas. Praça muito bonita e uma igreja potentosa, toda de pedra.

Chegamos no hotel, carregamos as motos e iniciamos mais um trecho de nossa viagem. Nosso objetivo era pegar a BR-285 e ir até próximo de Passo Fundo e então pegar a RS-324, na direção da Marau, pois era uma condição de apenas asfalto. Num posto BR da BR-285, depois de Lagoa Vermelha, os frentistas nos sugeriram pegar uma estrada vicinal, de chão batido, um pouco adiante a atalhar para Marau. Disseram que era uma estrada boa, larga e muito utilizado pelos graneleiros da Perdigão. Nos convenceram. Logo adiante, entramos a esquerda, saindo do asfalto e pegando uma estrada com pedras soltas e trechos com barro, o que deixou as motos bem sujas. Foram cerca de 18km, o que nos economizou 50. A idéia não era encurtar o caminho e sim, mais uma experiência off road. Realmente a estrada era muito boa e chegamos em Marau rapidinho.

A cidade de Marau é pujante. Várias construções e uma cidade bem cuidada. Tivemos um problema de localização, mas logo resolvido com a boa receptividade das pessoas, que dão informações com a maior das boas vontades.

Pegamos então a RS 324 na direção de Nova Prata.

Chegamos em Nova Prata por volta das 16h e nos hospedamos no hotel Condal (http://www.condallpalacehotel.com.br/index_2.htm). É um hotel ótimo, localizado no centro, bem equipado, estacionamento coberto para as motos e ótimo atendimento.

Após nos instalarmos, fomos dar uma volta a pé pelo centro. À noite, fomos jantar num restaurante nas redondezas do hotel. Pizza é o prato favorito na maioria das cidades que visitamos e não deixamos a regra, apesar de ser um prato muito pesado para a noite. O vinho fez a contrapartida, atenuando os efeitos gordurosos dos vários queijos..hehehe.

Saímos de Nova Prata na direção de Veranópolis, quando então o Purper lembrou-se dum lugar que tinha visitado anos antes e sugeriu uma chegada: a Cachoeira dos 3 Monges. É um trecho pequeno de chão batido, saindo à direita logo na saída da cidade de Veranópolis sentido sul. Inicialmente é uma estrada de paralelepípedo, depois uma estradinha com bastante pedra solta. Localizada no Parque dos Monges, sendo formada pelo arroio do Rio Cascata, a Cachoeira é a maior queda de água do Município, com 112 metros de altura. Leva este nome por localizar-se ao lado da imagem dos Três Monges: uma mancha negra em um paredão que imita três figuras humanas formadas com a ação do tempo e do contato da água com a rocha. É uma propriedade particular, mas com entrada franca, se abre a porteira e se entra. Valeu muito ter conhecido, a natureza é exuberante.

Saímos de lá e seguimos rumo ao lar. Apesar do pouco tempo fora, a saudade do pessoal já era grande. Este é outro fenômeno das viagens: a saudade. Sentimento nobre de pessoas queridas que ficaram longe.

O horário do almoço se achegava e como o Purper gosta de fazer as refeições no horário (hehehe), chegamos em São Vendelino onde eu conhecia um restaurante muito bom. O pessoal atende super bem e comemos um belo alaminuta. Depois, fomos para casa.

Chegando em casa:

Esta pequena viagem foi muito boa. Mais uma vez conhecemos uma parte diferente de nosso estado, a Serra da Rocinha e valeu muito a pena. A XRE mais uma vez provou ser boa de chão. Não tive nenhum problema, ela foi muito valente nos trechos mais complicados e muito confortável. Claro, sempre com muito cuidado e prudência. Outro ponto a ser destacado, foi a parceria com o Purper, capaz de extrair risadas das pessoas nas situações mais diversas, que se revela, cada vez mais, uma ótima pessoa para se conviver nas viagens.

Até a próxima, o que tudo indica, será para Bonito-MS, a partir de 18/6/11.