quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Viagem de Moto a Valparaíso - Outubro_2011


Purper na BMW G 650GS e Sérgio na Honda XL 700V Transalp


Mapa da Viagem:

Exibir mapa ampliado

Saída às 07:45 de 09/10/11.


Transalp equipada

Almoço em São Gabriel. Pegamos chuva até perto de Rosário do Sul.

Restaurante do Posto Batovi

Às15:45 chegamos no hotel Casablanca em Rivera (http://www.casablanca.com.uy/) p/ o primeiro pernoite. Tratamos de fazer os trâmites da aduana (http://wikimapia.org/11649439/aduana-en-rivera) neste mesmo dia. Nesta viagem estou utilizando o passaporte para ver se tem vantagens sobre o RG. Amanhã é levantar cedo e ir até Santa Fé, na Argentina.


Cerro Palomas - Santana do Livramento - RS

Cerro Palomas - Foto tirada da internet

10/10/11

À 214 km de Rivera o tanque da Transalp (TA) entrou na reserva e nada de posto. Paramos para falar c/ o policial William, que estava fazendo sua caminhada à beira da Ruta 26. Pedimos onde seria a próxima estação de serviço. Resposta: somente em Paysandu, a mais de 100km dali. Conversamos um pouco e foi com nossa cara, nos oferecendo ajuda, pois tinha alguma gasolina no seu estoque. 
Em alguns mapas, inclusive do meu GPS, fornecido pela TRC, existiria um posto mais adiante (Eucaliptus), mas estava fechado há tempo. Devíamos ter abastecido em Taquarembó. A estrada (Ruta 26) entre Taquarembó e Paysandu (Ruta 3) está ruim. Não tem grandes buracos, mas muitos buraquinhos, que a TA nem dá bola.

Sérgio, William e Purper

Chegamos na divisa do Uruguay com Argentina, entre as cidades Paysandu e Cólon. Ficamos surpresos, pois a aduana é integrada, ou seja, num mesmo lugar, do lado uruguaio da ponte sobre o rio Uruguai. Se faz o procedimento de saída do Uruguay e entrada na Argentina com ótimo atendimento e agilidade. Bem prático o uso do passaporte, não necessitando o preenchimento do formulário padrão. Pediram o documento da moto e a carta verde. Na saída da aduana se paga um pedágio pelo uso da ponte, que é muito bonita.



Puente General Artigas - Foto tirada da internet

Tinha um movimento muito grande nas rodovias argentinas e descobrimos depois que era feriado nacional - Dia do Respeito pela Diversidade Cultural. Chegamos na cidade de Paraná, que de longe, sobre uma colina à beira do Rio Paraná, pareceu ser muito bonita. Visita fica pra próxima.
Em seguida chegamos no túnel subfluvial, que liga a cidade de Paraná e Santa Fé, onde se passa sob o rio Paraná, por cerca de 2 km, pagando pedágio. É incrível esta obra de engenharia e poucos sabem que existe e que foi inaugurada em 1969.

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Túnel Subfluvial Raúl Uranga - Carlos Sylvestre Begnis (as 2 fotos acima foram tiradas da internet)

Do outro lado se chega em Santa Fé, também próxima do Rio Paraná. Devido o feriado, o trânsito na chegada estava bem pesado e entramos por uma ponte, onde ao lado da mesma, tinha outra, estilo pênsil, muito bonita.
Chegamos no hotel Hostal Santa Fé de La Vera Cruz via GPS com facilidade (http://www.hostalsf.com/). Estou aprendendo que tem que se dar um tempo p/ o GPS pensar após uma mudança de direção.


Dique 1 - Puerto de Santa Fé

11/10/11

Café da manhã meia boca. Lubrificação das correntes e check de óleo. RN 19 muito boa, parte duplicada.  Chegamos em Córdoba às 16:45 hs. Boa viagem. Trânsito caótico na cidade. O Hotel Sussex (http://www.hotelsussexcba.com.ar/) fica super bem localizado, bem no centro. 


O Purper, carinhosamente apelidado de Jacaré ou simplesmente Jaca, até comentou que o trânsito é caótico por falta de ruas, pois tem algumas peatonais, que são cobertas por flores e muito bonitas. 
Numa farmácia, o Jaca tentou traduzir para o farmacêutico que queria um creme para os lábios, aí o cara disse: “mantega de cacao?” Hehehe.
Jantamos novamente um entrecot. Preços piores que no Brasil, mudou a economia. Havia jogo do Brasil com o México, fui dormir quando estava 1x0 pro Brasil.




Praça, peatonal e Igreja no centro de Córdoba

12/10/11

Café da manhã sem frutas e frios e o cartão do Jacaré nada de funcionar. Sinal de chuva e Brasil ganhou de 2 x 1.
Indescritível o trajeto entre Córdoba e Mina Clavero( cidade turística). Altitude de 2.210 MSMN. Pedras, desfiladeiros e montanhas de tirar o fôlego. Sensacional a escolha deste caminho. Acho que vamos chegar tarde em Mendoza. Muitas fotos.


Entre Mina Clavero e Vila Dolores o trânsito é complicado pois existem muitas cidadezinhas ao longo da rodovia, tornando-o lento. Almoço em Quines onde comemos uma Milaneza napolitana. Colei um pet dos DT's (meu MG) na porta do restaurante. Logo após a cidade de Quines havia uma placa dizendo que havia uma estação de serviço somente a 186 km; deu um frio na barriga, pois a média da TA estava baixa: retas + baús laterias = consumo alto.Maneiramos o punho direito.


Quando chegamos a Elcom, posto YPF, único da região, sem nafta e TA entrando na reserva. O frentista estava jogando bola em frente ao posto, e nos disse que não havia nafta e que só tinha a 100 km dali. Sem chance de chegar. A BMW estava tranqüila, melhor consumo.
Conversei com Ramon, o frentista, expliquei que não tinha como chegar e então ele me deixou falando sozinho, pensei: Me ferrei..... Mas tinha ainda uma esperança.... e não é que ele apareceu com uma bombona de 6 litros e foi até uma das bombas, enchendo-a e cobrando o preço normal. Não entendi e nem quis entender. Ele também merece um brinde. Há uma falta generalizada de nafta na região, e naquele posto a 100 Km, também não tinha e estávamos a 58 km de Mendoza, e pelas contas chegaríamos, mas o cansaço e este problema da nafta nos deixou tensos. Próximo a Mendoza os postos tinham nafta e não tivemos mais problema com combustível, mas....



Estrada ruím e vazia ... hehehe


...os problemas não pararam por aí.
É o seguinte, Mendoza fica junto de mais duas cidades: Godoy Cruz e Guaymallen, e todas as três tem uma rua chamada 25 de maio. Quando fiz o mapa para o GPS, como não tinha o hotel Princess definido no mesmo, localizei a rua e marquei o ponto, só que na 25 de maio errada, em Godoy Cruz. Claro, ele nos levou pra lá. Estranhamos pois nos afastamos do centro. Pedimos informação a uma senhora que disse: “ É do outro lado, é só passar a ponte”; fomos lá e nada. Paramos as motos, pedimos para uns guris e nada sabiam. Naquilo apareceu um rapaz de bicicleta e tentei pedir ajuda, mas ele deu um sorriso amarelo e foi adiante, mas, meu protetor viu a situação novamente e não é que o garoto deu meia volta e veio nos ajudar.
Acho que no primeiro momento ele se assustou, mas depois viu que precisávamos mesmo de ajuda. Ele estava indo para a aula de inglês, se mostrou despojado, simpático e uma cara honesta pra caramba. Aí ele explicou a questão dos nomes das ruas. Ao mostrar-lhe o mapa, na reserva impressa do booking, ele disse que o hotel ficava no centro e ele nos guiaria de bicicleta até lá, achei estranho, mas ele disse que andava rápido e lá fomos nós seguindo o Joaquim. Ele forçou tanto que quebrou o pedal direito, parou, juntou e continuou pedalando na ponta do pédivela. Chegou a um ponto que notei que ele estava muito inquieto, aula atrasada e bicicleta quebrada. Pedi pra parar e ele então me explicou o caminho, e vi que estávamos bem perto. Tentei pagar pelo pedal, mas ele de pronto não aceitou. O Joaquim também merece um brinde. Chegamos no hotel Princess (http://www.hoteis.com/ho339173/hotel-princess-mendoza-argentina/#description) logo em seguida. Como tem pessoas boas neste mundo! O dia terminou num restaurante próximo, onde comemos peixe acompanhado de um Malbec, e pra variar, preços muito caros.


Todas as ruas arborizadas e todas com sistema de irrigação.


Hotel Princess

13/10/11
Café da manhã ótimo. Marcamos um city tour para aquela tarde. As 15 hs em ponto chegou a van para nos levar. O trajeto compreendeu o centro da cidade, o museu da origem. Em 1861 a cidade foi totalmente destruída por um terremoto de grau 7,2 (http://es.wikipedia.org/wiki/Terremoto_de_Mendoza_de_1861). Depois fomos ao parque General San Martin (http://www.parques.mendoza.gov.ar/index.htm) que tem um pórtico muito bonito, todo em metal, lá dentro tem ruas e pistas desportivas, muitas palmeiras, um grande lago, onde funciona uma escola de remo, lugar exclusivo com churrasqueiras, pois se tem muito receio de incêndios devido a vegetação seca. Tem um zoológico, um residencial fechado construído pela empresa que controla o parque, tem um campo de futebol no qual ocorreram os jogos da copa do mundo de 1978 e tem uma universidade.


Parque General San Martín

Na seqüência subimos o cerro de la Gloria, que é um monumento ao exército libertador, e por último, fomos ao santuário de Virgem de Lourdes. O Sílvio, motorista da van, nos forneceu informações e formulários para a travessia da fronteira com o Chile. Ele nos indicou também uma loja de motociclismo, onde vamos amanhã. Ao retornar ao hotel lubrificamos as correias das motos.


Cerro de la Glória


Estádio de futebol e cidade ao fundo

14/10/11

Chamamos um táxi e fomos até a loja de motociclismo indicada; frustação total, o dono estava discutindo com um oficial de justiça e ao observar a loja vimos que era de peças, não sendo o que imaginávamos. O motorista do táxi ficou nos esperando e saímos logo em seguida. Ficamos na praça central, pois voltaríamos a pé até o hotel. No caminho de volta, passamos por uma praça muito bonita de onde se avistava montanhas ao longe cobertas de neve. A Avenida Mitre, caminho até a praça Independência, que ficava perto do hotel, possuía muitas lojas, o que ainda não tínhamos visto; visitamos várias e compramos camisetas de lembrança. O dia de hoje está ensolarado, mais quente, pois sem sol é frio. Eu sinto um pouco a altitude (obstrução nasal) apesar de estarmos um pouco abaixo dos 1.0000 MSMN. A tarde, depois do almoço com chorizzo e papas crioulas, o Jaca foi caminhar , pois estava em débito com o corpicho, foi até o parque San Martin, eu fiquei no hotel dormindo e organizando as coisas, pois amanhã é o grande dia: a travessia da Cordilheira.




Mendoza conta com muitos bares, cafés e restaurantes.


Que tal uma média luna, suco extraído e café?

15/10/11

As 8 horas saímos do hotel com destino a Santiago. Poucos kms depois de Mendoza já começamos ter uma amostra do que seria o dia: montanhas cobertas com neve. 

Olha a neve lá no fundo!

Em Lujan Cuyo avistamos uma refinaria na encosta de uma montanha coberta de neve, acho que é da YPF Repsol, que o Paulo, meu colega, visitou quando ainda trabalhava na Refap. O cenário exigia paradas freqüentes para fotografias. Abastecemos em Uspalatta, onde nos equipamos para o frio, que já estava pegando, apesar do dia estar com céu anil. 

Posto IPF em Uspalatta

Há pouco havia chegado um motogrupo argentino vindo de Santiago. Eram de Mar Del Plata. Inicialmente não demonstraram interesse em conversar, mas logo em seguida vieram falar conosco na maior simpatia. Disseram que a estrada estava muito boa e que Santiago era uma caos no transito....esquisito argentino reclamar do transito. Estavam com custons carburadas e disseram que não tiveram problemas na travessia. Tínhamos preocupação com o passo “ Los Libertadores”, pois nos dois dias anteriores, no primeiro fechou a passagem por neve e no segundo por falta de visibilidade devido neblina.

Ainda no posto, vimos que chegaram 2 motos brasileiras. Daqui a pouco um senhor chegou perguntando quem era do Brasil Riders, pois viu na TA o logo, e então eu me apresentei. Era o Otávio, ou Gugu para os conhecidos, de Taubaté/SP. Estava na sua Varadero retornando do Atacama. Falamos um pouco da viagem e fiquei sabendo que ele é um viajante muito experiente, e que muito se orgulha de sua idade de quase 70 anos.  Ficamos de nos comunicar e foi o que aconteceu, já recebendo seus emails com suas aventuras.


Gugu na sua Varadero - Foto tirada do seu site

São 14 túneis até a divisa com o Chile, sendo o Cristo Redentor (http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%BAnel_do_Cristo_Redentor) o último e mais longo - 3 km. É no meio do túnel que fica a divisa da Argentina com o Chile, onde é o ponto mais alto verificado no GPS durante a travessia - 3.227 MSMN. A sensação é esquisita, cansaço a toa, mesmo jogando neve um no outro como fizemos, pois nem eu e nem o Jaca não a conhecia, e ela estava ali, no ladinho da estrada, muito legal.





Puente del Inca - Vimos a placa, mas a ponte não



Olha o visual!





Túnel Cristo Redentor


Bem alto

Chegamos na aduana integrada Argentina e Chile, lado do Chile, as 12:00. Três dicas:

  1. Não ficar na fila dos caminhões, pois é enorme. Ultrapassar e pegar a fila dos carros. 
  2. São quatro passos o processo aduaneiro e existem vários guichês dentro do prédio e é só seguir as placas indicativas em cada um deles. As motos são estacionadas no final do estacionamento que fica dentro de prédio. Após os quatro passos tem ainda a checagem do veículo e a fiscalização fito sanitária. 
  3. Tem guichê de câmbio no local, o que facilita bastante e compramos mais alguns pesos chilenos trocados por reais ( 240 x 1 ).


Na fila da aduana



Após quase duas horas (acho que demorou por ser final de semana), saímos da aduana e logo em seguida chegamos nos Caracoles, que é a descida dos andes do lado chileno.


Após a aduana


A TA se sentindo nas alturas




Los Caracoles



Olha a dupla aí

Chegamos em Los Andes e abastecemos as motos num posto Petrobras e o preço seguia maior que no Brasil, cerca de R$ 3,00 por litro. Logo em seguida pegamos uma estrada duplicada, que não constava no mapa do GPS, mas resolvi seguir nela devido a qualidade da mesma, tinha vários pedágios mas bem baratos. Chegamos em Santiago as 17:00.
Que cidade impressionante e moderna, cheia de túneis que facilitam muito a circulação, menos para o GPS. Tivemos que abandonar um túnel numa de suas várias saídas, pois pelo estudo do mapa a impressão era que o hotel estava próximo. e estava mesmo.
Tivemos que pegar informação de um transeunte, pois tinha uma ruazinha que já havíamos passado uma vez e não entramos devido a uma placa de proibição para certos acessos. Na segunda vez que passamos, entramos e demos de cara com o hotel Riviera (http://www.rivierahotel.cl/principal.htm). Fica super bem localizado, simples e ao mesmo tempo muito bom. Fica próximo do metrô, do Palácio La Modena e do Cerro Santa Lúcia.


Hotel Riviera


Jantamos a uma quadra do hotel, onde tem uma rua cheia de bares e restaurantes. O vinho no Chile é mais em conta que na Argentina e no Brasil. Amanhã vamos passear pela cidade de metrô e almoçar no Mercado Central.




16/10/11

Às 8:30 o Jaca liga pro meu quarto me acordando em pleno domingão, que legal! 
O hotel tem quartos pequenos mas funcionais. O café poderia ser melhor. O café da manhã é à base de café solúvel e chá, água, leite, pão torrado, manteiga, bolachas salgadas e doce, tudo servido na mesa. Experimentei o chá com leite, uma maravilha. Até comprei uma caixa de chá pra levar pra casa.
Iniciamos nosso passeio pela cidade, as motos ficaram na garagem do hotel. Subimos um pequeno cerro bem perto do hotel, o Cerro Santa Lúcia, com subida em rampas e escadas. Não é tão alto quanto o San Cristobal, mas se consegue uma boa visão de Santiago.



Visões de Santiago a partir do Cerro Santa Lúcia

Após, pegamos o metrô e nos dirigimos até o final da linha 1, Los Domênicos ( o metro tem cinco linhas). Descemos e fomos a uma feira ao ar livre ao lado da estação. Havia muitos policiais, carro choque, carros blindados e viaturas com proteções em todos os vidros, parecia um campo de guerra. A feira era de artigos confeccionados por entidades de apoio à pessoas com necessidades especiais, muito legal!

Metrô de Santiago - Várias linhas

Ao sair da feira a polícia estava prendendo vários jovens, depois pela TV vi que eram torcedores do Colo-Colo que tinha jogo estavam de folia. Eles prendem as pessoas num ônibus onde tem computador e achamos que já fazem a triagem ali mesmo.



Cidade muito policiada

Em seguida pegamos um táxi, que é bem barato, e nos dirigimos ao shopping Mall Sport. Simplesmente sensacional. Lojas para todos os tipos de esportes, da rodinha de skate à lanchas. 



Mall Sport


Tinha até uma pista de paintball e uma de arvorismo dentro do shopping. O pessoal andava de bicicleta pelos corredores do shopping, onde iam comprar peças e acessórios para as magrelas. Os preços daqui são bem acessíveis, mais que na Argentina e Brasil. 



Pista de paintball



Arvorismo



Lago de testes e brincadeiras (olha as bolhas - tem crianças dentro)


Neste shopping tomei o melhor suco da viagem, suco de framboesa chilena. 




Saímos a pé do shopping e fomos até uma loja da BMW que fica próximo, mas estava fechada, mas deu para ver várias motos estacionadas na parte externa da mesma.
Em seguida fomos de táxi até a estação do metrô e fomos até o Mercado Central de Santiago, sendo necessário uma conexão de linha. 
Erramos de mercado, pois havia dois e vimos apenas um, almoçamos lá mesmo e estranhamos a qualidade dos pratos e serviços que nos haviam elogiado anteriormente. Na saída, indo para o metrô, vimos o mercado realmente indicado, o Mercado Central de Santiago. Demos uma passada e lá estavam os belos restaurantes cheios de gente. Fica para a próxima. 
Pegamos o metrô na estação Cal Y Canto e retornamos fazendo nova conexão. Paramos na estação La Moneda, pois decidimos ir a pé até o hotel, aproveitando para conhecer a casa do governo, o famoso palácio La Moneda, do Alliende. 



Palácio La Moneda



Bela arquitetura


Chegamos no hotel a tardinha, banho e jantar. Amanhã vamos a Viña Del Mar e Valparaíso de excursão, pois decidimos deixar as motos no hotel. O trânsito de Santiago, apesar de organizado, é muito pesado. Até os argentinos que encontramos em Uspalatta reclamaram.

17/10/11

Uma van nos pegou no hotel conforme combinado e tinha três brasileiros a bordo. Conversamos sobre impressões da cidade e todos gostaram. Durante o trajeto a guia foi nos falando da cidade, mostrou-nos ao longe uma montanha coberta de neve e disse que lá ficava o Vale Nevado, local bem procurado para prática de esqui. Em seguida foi concluído o transfer, passamos da van para um ônibus mais confortável, que nos levaria até o Pacífico. O ônibus estava com a metade da lotação. 
Entre Santiago e Viña Del Mar avistamos várias vinícolas, passamos por alguns túneis, e, justamente entre as montanhas, onde existem os vales, estão as videiras e várias vinícolas, e também várias plantações de oliveiras. 



Vejam um catavento e ao lado tem um cilindro de gás - Aquecimento das plantas



Vinhas de outro tamanho


Chegamos em Viña Del Mar e avistamos de longe o Pacífico, pois a cidade fica numa encosta. Fomos até a praia de Reñaca, onde almoçamos num restaurante à beira mar. 


Almoço em Reñaca

O momento esperado: molhar os pés no Pacífico - Que água gelada tchê!


Após, passeio na quinta do fundador da cidade, o Sr. Vergara. Ele casou com uma moça rica e conseguiu um belo patrimônio, inclusive as terras onde hoje é a cidade de Viña Del Mar, que era o local de veraneio da família, apesar da baixa temperatura da água da Pacífico. Como viajou muito pelo mundo, trouxe várias mudas e sementes de árvores que as plantou na quinta .





A casa está interditada devido as várias rachaduras oriundas do último terremoto. 



Casa da Família Vergara



Homenagem à Pablo



Olha a ginástica do cão


Visitamos também o museu do Moai. 





Preço da gasolina em Viña


Um ponto turístico bastante conhecido é o relógio de flores na entrada da cidade de Vinã del Mar. Ele foi trazido da Suíça e inaugurado no mesmo dia da abertura da Copa do Mundo de Futebol de 1962, que foi no Chile e o Brasil foi campeãoViña foi uma das cidades sede deste Mundial e o relógio foi presente da seleção Suíça, já que era sua sede.
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Relógio de Flores

Em seguida nos dirigimos para Valparaíso, cidade muito bonita e próxima de Viña Del Mar, também encarapitada na costa do pacífico. 




Vale muito uma visita a pé pelas vielas da cidade próximas ao porto. Existem vários ascensores (bondinhos) que transportam o pessoal da parte baixa para a parte alta da cidade e vice versa. O guia nos levou para passear a pé e num dos trechos da caminhada na descida de uma ladeira, tinha, pra variar, um cachorro guia e parecia que queria nos proteger quando vinha um carro, ele tentava morder o para choque se enfiando na frente do carro e depois saia gemendo, pois ele atacava literalmente o carro. 




Ladeiras de Valparaíso


Cão guia

O porto de Valparaíso teve seus tempos áureos pois todos os navios dos Estados Unidos e demais países que se dirigiam para a Europa,  via Atlântico, passavam por Valparaíso para cruzar o estreito de Magalhães, mas com a construção do canal do Panamá praticamente parou este fluxo de navios, o que causou um retrocesso na cidade. O porto ainda tem algum movimento. 

Porto de Valparaíso

Depois fomos até um belvedere do pacífico para as últimas fotos da cidade e em seguida nos dirigimos para Santiago.




É engraçado ver o sol se pondo no mar

18/10/11

Saímos bem de Santiago com a ajuda do GPS. As estradas chilenas são ótimas e pedagiadas. Abastecemos um pouco antes dos caracoles, a 120 Km de Santiago. Os Caracoles são enigmáticos, são 30 curvas e têm placas em cada uma indicando número. 

Subida dos caracoles

Na volta não tem nenhum tramite na Aduana Chilena, é tudo na aduana Argentina, após o túnel Cristo Redentor. Antes da Aduana tem umas guaritas no meio da faixa, tipo pedágio, onde se pega um papel com anotação do número da placa. Aqui um gendarme pediu pra ver a carta verde e achou que estava vencida, pois achava que a data do vencimento da fatura da carta era a data de vencimento da mesma. Argumentei firme e em seguida fui liberado.
Chegamos na Aduana Argentina, aí o procedimento é de três passos: Saída chilena, entrada na Argentina e alfândega. Carimbaram aquele papel com o número da placa da moto. A soldado da alfândega nos disse que à 17 km dali entregaríamos o papel a outro soldado, e foi o que aconteceu, um soldado nos parou no meio da faixa e solicitou o bendito papelzinho e tudo certo. 
Desta vez conseguimos avistar a Ponte Inca e paramos pra umas fotos. Aí encontramos uns brasileiros e um deles também estava com uma TA, branca. Pessoal de pouca conversa, fizeram umas perguntas sobre a minha TA e se mandaram.

Feirinha

O Rio Mendoza acompanha todo o caminho pela travessia da cordilheira

Em Uspalatta resolvemos mudar o plano da viagem, ao invés de parar em Mendoza, tocaríamos até San Luis, onde chegamos ao entardecer. Nos hospedamos no hotel San Luis (http://www.sanluis.com.ar/gran_hotel_san_luis_3.html) que foi muito agradável. A cidade é ótima, possui vários restaurantes e muitas lojas de artigos gaúchos. O Jaca se animou e comprou uma bombacha pra ele.


A fome aumentou e encaramos uma parillada

19/10/11

Neste dia nosso plano era chegar a uma cidade próxima de Rosário, após a ponte do Rio Paraná. Após San Pacha passamos por Rio Cuarto e Villa Maria ,onde pegamos uma auto estrada super moderna, com um pedágio, até Rosário. Antes de Rosário retornamos para a Ruta 9, que é sempre paralela a nova auto estrada, pois a TA entrou na reserva e não tem posto nesta rodovia. Abastecemos em El Roldan. O Jaca conversou com um senhor, que teve um apartamento em Capão da Canoa no RS, e que parou para conversar ao ver as placas do Brasil. Nos indicou para ficarmos na cidade de Victória. Fomos pra lá. 
A passagem por Rosário, apesar do trânsito intenso, foi legal . Tem uma ponte sobre o Rio Paraná, chamada Nsa. Sra. do Rosário, que é linda. Pena que o projetista não pensou em fazer algum ponto de parada para fotos, não dá para parar em lugar algum. 

Foto da ponte tirada da internet

No trecho entre Rosário e Victória existem muitas pontes e o lugar se parece com o Taim, mas muito maior.

Lindo pôr do sol

Em Victória achamos o hotel Como Era Antes, a moda antiga, preço legal, quartos muito confortáveis e estilizados. É uma cidade muito simpática e merece uns dois dias para se visitar, várias lojas, restaurantes e o rio.

Rua de Victória



Hotel Como Era Antes


Belo Surubim em Victória

20/10/11

Saímos com destino a Rivera. Na chegada na cidade de Colón, já na ruta 14, a polícia caminera nos parou pela primeira vez, só pedindo a carta verde e nos desejando boa viagem. Há de se ressaltar que passamos por vários pontos de controle, muito diferente do Brasil, para melhor, onde os policiais param o trânsito no meio da pista para conversar com o motorista/piloto sem se importar que parou tudo. As estradas argentinas são ótimas. 
Tudo tranqüilo na aduana de Colón e Paysandu. Como já comentei, o trecho entre Paysandu e Taquarembó, no Uruguay, está com muitos trechos em conserto e vários pontos ruins, com pequenos buracos, exigindo um certo cuidado e, pra piorar, não tem posto de gasolina, apesar de alguns mapas indicarem. O posto que havia na cidade de Eucaliptos fechou, possivelmente pelo baixo trafego.

Ruta 26

A Ruta 5, de Taquarembó até Rivera, é um espetáculo. 
Ao chegarmos em Rivera fizemos o tramite da aduana, que fica dentro da cidade, e adiantamos o relógio em uma hora, pois o horário de verão já havia começado. Nos hospedamos no Nuevo Hotel (http://www.nuevohotelrivera.com/caf.html), confortável, com estacionamento e ótimo atendimento. Aproveitamos o resto da tarde pra umas comprinhas no Free Shop. A noite jantamos uma costela de tiras na divisa do Brasil com o Uruguai.

21/10/11

Dia de ir para casa. Concluímos as compras até as 11 horas, abastecemos as motos e iniciamos nosso retorno para casa. Almoçamos em São Gabriel, no posto Batovi, e chegamos em casa por volta das 19 hs. Com muita saudade da família.



Na frente de casa


Novamente posso dizer que a viagem foi ótima. As motos se comportaram exemplarmente, apesar dos probleminhas que tive com gasolina, mas a lição que tiro é que na próxima viagem pela Argentinha/Chile, levarei um reservatório extra de combustível para deixar a situação mais tranquila. Quanto à parceria, sempre é bom viajar com o Purper. Pessoa ótima e com ótimas idéias, e sempre de bom humor.

Muitos amigos me perguntaram sobre os preços e então resolvi informar os principais gastos que tive:

Combustível:
  • 5.150 km percorridos
  • 281 litros de gasolina consumidos
  • Média de 18,3 km/l
  • Média do preço por litro de R$ 3,04
  • Gasto total com gasolina de R$ 855,00

Hotéis:
  • Rivera - R$ 89,00
  • Santa Fé - R$ 171,00
  • Córdoba - R$ 250,00
  • Mendoza - R$ 444,00 (3 pernoites)
  • Santiago - R$ 297,00 (3 pernoites)
  • San Luis - R$ 128,00
  • Victória - R$ 80,00
  • Rivera - R$ 85,00
  • Gasto total com hotel de R$ 1.544,00
Refeições (almoço + janta):
  • Média de preço por almoço mais o jantar de R$ 46,00
  • Gasto total com refeições de R$ 598,00
Total:
  • Gasolina + Hotéis + Refeições = R$ 2.998,00


 Obrigado pela leitura e até a próxima.